Os melhores livros da literatura brasileira possuem poucos pontos em normal: eles tiveram o poder de informar com maestria muitos aspectos da sociedade, cultura e política do nosso país em determinada época. Hoje, eles são obras clássicas, que apresentam com profundidade o talento e a fortuna da nossa cultura e dos nossos autores.
Confira uma catálogo com poucos dos melhores livros da literatura nacional para você explorar ainda mais a sua paixão pela leitura!
1. Macunaíma (1928), Mário de Andrade
Gênero: Romance, Ficção.
A pesquisa de Mário de Andrade pela “verdadeira identidade nacional” resultou na sua obra-prima Macunaíma. O livro virou um dos gigantes marcos do movimento modernista no país. Nele, Mário de Andrade exalta as características malandras do personagem principal, que nascido na selva chega à cidade lotado de heranças indígenas.
2. Extensa Sertão: Veredas (1956), João Guimarães Rosa
Gênero: Ficção
Uma vasto odisseia sertaneja. Vasto Sertão: Veredas traz a cultura nordestina e as angústias do jagunço Riobaldo para as páginas. Em conflito consigo mesmo, Riobaldo tenta convencer o leitor e a ele próprio de que é inocente dos seus atos como jagunço, do amor que sente por Diadorim e do pacto que fez com o diabo.
3. Quarup (1967), Antônio Callado
Gênero: Ficção
Quarup é o ritual de homenagem aos mortos feito por multidões indígenas da região do xingu. O título escolhido por Antônio Callado para o seu romance tem a assistir com o instante de alteração enfrentado por seu personagem principal. O jovem padre Nando tenta pôr em prática a reconstrução de uma civilização jesuíta na região do Xingu no decorrer o período que vai da queda de Getúlio Vargas até o Ataque Militar de 1964.
4. O Sítio do Pica-pau Amarelo (1920-1947), Monteiro Lobato
Gênero: Literatura Infantil e Fantástica.
O principal tradicional da literatura infantil brasileira. O Sítio do Pica-pau Amarelo é uma série de 23 livros sobre as aventuras dos netos da Dona Benta, Pedrinho e Narizinho. Passam por mil e uma aventuras na companhia de seus inseparáveis bonecos Emília, a boneca de pano falante e Visconde de Sabugosa, um sábio boneco de sabugo de milho. Aventuras que pontualmente acabam a tempo de comer os quitutes preparados pela Tia Nastácia.
5. Mar Absoluto (1945), Cecília Meireles
Gênero: Poesia
Mar Absoluta traz um coleção de poemas de Cecília Meireles nos quais ela explora extremamente das suas raízes familiares portuguesas, trazendo o mar como símbolo da época dos descobrimentos. Aborda ainda a plenitude do mar por uma ótica de perigos, de confronto. O título traz ainda a concepção de mar infinito, sem limites nem barreiras.
6. Dom Casmurro (1899), Machado de Assis
Gênero: Realismo
Considerado pela crítica especializada como o terceiro romance da Trilogia Realista de Machado de Assis. Dom Casmurro é um relato em primeira pessoa de Bento Santiago sobre a sua própria vida. O leitor acompanha a sua infância, a vida no seminário, o romance com Capitu e as desconfianças e ciúmes que sente da mulher que ama desde criança.
7. O Cortiço (1890), Aluísio Azevedo
Gênero: Naturalismo
Como o próprio nome indica, o romance naturalista de Aluísio Azevedo se passa em um cortiço carioca. Apesar de possuir um personagem principal, João Romão, o livro intercala a sua trama com diversos episódios da vida dos habitantes do cortiço. Esse formato faz com que diversos digam que afinal a personagem principal do romance é a massa de gente, a coletividade que vive naquele ambiente.
8. Novo Antologia Poética (1966), Mário Quintana
Gênero: Poesia
Conhecido como "o poeta das coisas simples", Mário Quintana sempre se utilizou da ironia como funcionalidade criativo em suas obras. Isto não é desigual em Atual Antologia Poética onde foi publicada uma seleção minuciosa de poesias do autor.
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9. Gabriela, Cravo e Canela (1958), Jorge Querido
Gênero: Romance, Ficção
Este livro marca uma extenso alteração dos assuntos abordados por Jorge Adorado. Passa a descrever crônicas de costumes, depois possuir abordado muitos temas sociais. Em uma rica Ilhéus dos anos 20, Gabriela vive as alterações de uma sociedade patriarcal em uma recente e dinâmica sociedade tocada por novos ideias culturais, políticas e econômicas.
10. Vestido de Noiva (1943), Nelson Rodrigues
Gênero: Drama Teatral
Um vasto marco da dramaturgia brasileira, Vestido de Noiva demonstra os devaneios e memórias de Alaíde, uma mulher que termina de ser atropelada. A história têm um lider teor psicológico e tem as ações apresentadas em 3 planos distintos: verdade, memória e alucinação.
11. Vidas Secas (1938), Graciliano Ramos
Gênero: Romance, Ficção
Este romance realista tem como pano de fundo a situação dos retirantes, forçados a abandonar as suas casas no desolado sertão nordestino e buscar uma novo vida nas cidades. Apesar de Graciliano Ramos não focar tanto nos efeitos da seca na vida de suas personagens, ela é o ponto propulsor da narrativa.
12. A Paixão Segundo G.H. (1964), Clarice Lispector
Gênero: Romance, Ficção
Clarice Lispector sempre esteve focada na pesquisa pelo “eu” em suas obras. Em A Paixão Segundo G.H. ela encontra quem sabe a melhor fórmula para tratar do assunto. O livro começa e culmina em reticências, sendo que os capítulos sempre iniciam com a mesma frase que o capítulo retrasado acabou. Esta base estabelece uma concepção de continuidade bastante elogiada em seu trabalho.
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13. A Moreninha (1844), Joaquim Manoel de Macedo
Gênero: Ficção
A primeira obra de ficção do período romântico brasileiro. Foi também o 1º romance a trazer os hábitos da burguesia carioca da época para as páginas. Em uma viagem, quatro estudantes de medicina fazem uma aposta de que se um deles se apaixonasse no decorrer o veraneio, teria que escrever um livro a respeito. Um deles se apaixona pela Moreninha, entretanto já está comprometido.
14. Iracema (1865), José de Alencar
Gênero: Romance
O segundo livro da trilogia indianista de José de Alencar é um romance tradicional que relata a trama de amor acesse a índia Iracema e o colonizador Martim. O livro simboliza a criação da terra do autor, o Ceará. Moacir, o filho do casal, seria o 1º cearense e um fruto da miscigenação vivida no país desde aquele período. O livro representa ainda a dominação sofrida pela América diante da colonização europeia.
15. Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Machado de Assis
Gênero: Romance
“Ao verme que 1º roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas”. Esta é uma das frases mais célebres da literatura brasileira e que dá começo a um dos maiores tradicionais de Machado de Assis. Memórias Póstumas narra em primeira pessoa a biografia de seu personagem principal defunto e é sem questionamentos, um livro essencial para quem aprecia literatura brasileira.
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16. O Ateneu (1888), Raul Pompeia
Gênero: Impressionismo, Naturalismo
Uma crítica afiada sobre a aristocracia e a sociedade brasileira do final do século XIX, fazem de O Ateneu um dos maiores tradicionais da literatura brasileira. A novela de Raul Pompeia é também considerado o único exemplo do categoria romance impressionista brasileiro, o que destaca a sua importância para a literatura do país.
17. As Três Marias (1939), de Rachel de Queiroz
Gênero: Ficção
A talentosa escritora, jornalista e dramaturga brasileira Rachel de Queiroz não poderia ficar de fora desta catálogo. Em As Três Marias, ela conta uma profunda e delicada trama de amizade acesse três mulheres: Maria Francisca, Maria José e Maria da Glória, as três Marias. O romance narra a trama e jornada de vida das personagens e o amadurecimento de cada uma delas.
18. A Escrava Isaura (1875), de Bernardo Guimarães
Gênero: Romance, Propaganda
Bernardo Guimarães chegou a ser reconhecido pelo Imperador do Brasil Dom Pedro II quando lançou seu livro abolicionista A Escrava Isaura no final do século XIX. As adaptações da trama de vida da escrava branca em anos mais atuais tornaram as desventuras da personagem ainda mais famosas ao redor do mundo e o livro é até os dias de hoje muita celebrado.
19. Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha
Gênero: Romance, Livro Reportagem
Uma das maiores epopéias da literatura brasileira, Os Sertões demonstra com maestria muitos aspectos da sociedade brasileira do final do século XIX ao retratar A Guerra de Canudos. O romance é considerado o 1º livro reportagem brasileiro e engloba tanto questões sociais quanto geográficas, econômicas e políticas do Brasil no decorrer aquele período.
20. O Guarani (1857), José de Alencar
Gênero: Ficção
Um dos mais relevantes romances históricos da literatura brasileira, O Guarani foi adaptado para as mais várias mídias desde o seu lançamento. Um filme de 1912 chegou a ser produzido, entretanto hoje é considerado uma obra perdida. Desde então, outras adaptações para o cinema, teatro, quadrinhos e televisão narraram as trama de Peri e Cecília.
21. O Pagador de Promessas (1987), Dias Gomes
Gênero: Drama Teatral
Um peça que relata vários aspectos da cultura e, em especial, do sincretismo religioso brasileiro. O Pagador de Promessas narra a trama de Zé do Burro, um homem fácil do interior da Bahia que fez uma promessa em um terreiro de candomblé para que seu burro melhorasse depois um acidente. Ele tenta pagar a promessa de transportar uma cruz até uma igreja em Salvador, apesar de outros personagens tentarem impedi-lo de efetuar a missão e distorcer os fatos. A adaptação para os cinemas de O Pagador de Promessas é a única obra cinematográfica brasileira a receber uma Palma de Ouro no prestigiado Festival de Cannes.
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